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Seleção da raça Nelore por Arnaldo Zancaner
19/08/2011

Refletir sobre a contribuição do Dr Arnaldo Zancaner para com o Melhoramento da Raça Nelore no Brasil remete-nos ao ano de 1962, quando, juntamente com seu irmão Walter Henrique sistematizaram as pesagens de seus animais. Certamente, as indagações sobre quais as melhores idades a serem consideradas na seleção de reprodutores, com vistas, à maior precocidade de peso levaram o Dr. Arnaldo a reunir, em nome de sua causa, os maiores expoentes do Brasil e dos Estados Unidos, particularmente da Universidade da Flórida. Neste contexto, é marcante sua ação na mudança dos paradigmas da seleção de animais superiores, pois até então, primava-se pelas características raciais. Talvez seja este o seu maior legado, não somente para a raça Nelore, mas para toda a área da Genética e Melhoramento Animal no Brasil. Suas iniciativas no âmbito de estabelecer uma estratégia de seleção aplicada a um sistema de produção de carne a pasto, em ambiente tropical, motivou pesquisadores e instituições a se capacitarem e desenvolver pesquisas. Aí se pode identificar outra grande contribuição do Dr. Arnaldo , pois, a partir de suas iniciativas houve o desencadeamento de um forte processo de capacitação de pessoal para trabalho na área, resultando no desenvolvimento de tecnologias capazes de sustentar a formidável cadeia de produção de carne neste país.

Do ponto de vista prático, ou seja, das realizações de ganhos genéticos, os animais oriundos da Fazenda Bonsucesso, Guararapes, SP sempre se caracterizaram por suas altas DEPs sejam para as características Maternais, Reprodutivas ou de Crescimento.

Ao longo dos anos de participação junto ao Programa de Melhoramento Genético da Raça Nelore (PMGRN) as médias das DEPs maternas para 120 dias (DEPMP120) de seu rebanho se mantiveram em cerca de 1,06 kg superiores aquela do programa. Para as características de crescimento as DEPs médias para peso às várias idades (120, 365 e 455 dias) mostraram evolução positiva e foram superiores às do PMGRN em cerca de 0,90, 2,40 e 4,64 kg até o ano de 1998.
O mesmo pode ser observado para o perímetro escrotal aos 365 e 455 dias, indicando DEPs positivas para esta importante medida relacionada à fertilidade de machos e fêmeas.

Assim, é notório que aquele entusiasmo inicial com o começo das pesagens há 43 anos, e a convicção de que as ferramentas da genética quantitativa, muitas das quais, desenvolvidas por suas ações, poderiam auxiliar o processo de melhoramento dos rebanhos, em muito contribuiu para capacitar o homem na decisão dos objetivos de seleção e na eleição dos melhores reprodutores.

Prof. Raysildo Barbosa Lôbo-USP
Prof. Humberto Tonhati-UNESP




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